Direito Agrário Archives - Recoop https://recoop.com.br/category/direito-agrario/ Recuperação de Créditos Tue, 06 Feb 2024 03:23:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.6.1 https://recoop.com.br/wp-content/uploads/2024/02/cropped-RECOOP-icone-32x32.png Direito Agrário Archives - Recoop https://recoop.com.br/category/direito-agrario/ 32 32 Sicoob espera liberar até R$ 49 bi de crédito rural na safra 2023/24 https://recoop.com.br/sicoob-espera-liberar-ate-r-49-bi-de-credito-rural-na-safra-2023-24/ https://recoop.com.br/sicoob-espera-liberar-ate-r-49-bi-de-credito-rural-na-safra-2023-24/#respond Thu, 01 Feb 2024 16:10:36 +0000 https://limacabral.adv.br/?p=10742 O Sicoob espera liberar na safra 2023/24 cerca de R$ 52 bilhões em crédito rural por meio de diversas linhas, valor que representa aumento de 33% em relação à safra 2022/23, quando concedeu R$ 38,3 bilhões em financiamentos para pequenos e médios produtores, 66% a mais do que no ciclo 2021/22. A participação da instituição […]

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O Sicoob espera liberar na safra 2023/24 cerca de R$ 52 bilhões em crédito rural por meio de diversas linhas, valor que representa aumento de 33% em relação à safra 2022/23, quando concedeu R$ 38,3 bilhões em financiamentos para pequenos e médios produtores, 66% a mais do que no ciclo 2021/22.

A participação da instituição financeira cooperativa no mercado de crédito rural aumentou entre as duas safras, de 7,3% para 9%.

Do total de recursos previsto para 2023/24, R$ 37 bilhões devem ser liberados por meio de operações de custeio, 73% acima dos R$ 21,4 bilhões da safra 2022/23, que acaba de terminar em junho.

Para investimentos, a previsão é conceder R$ 8 bilhões, 33,3% acima dos pouco mais de R$ 6 bilhões da temporada anterior, e para industrialização e comercialização, R$ 7 bilhões, 33,7% a mais do que no ciclo 2022/23.

Quanto ao porte dos produtores beneficiados, a expectativa é de que cerca de 35% do dinheiro financie pequenos e médios produtores, sendo R$ 8 bilhões para pequenos produtores por meio do Pronaf (programa federal com foco em agricultores familiares) e R$ 10 bilhões para médios produtores, pelo Pronamp (programa direcionado a este público).

Para ampliar em 33% sua oferta de crédito nesta safra, depois de já ter expandido em 66% as liberações de crédito rural em 2022/23, o Sicoob espera avançar em alguns produtos. Um deles é a Cédula de Produto Rural (CPR), que a instituição financeira cooperativa começou a operar em dezembro do ano passado.

O Sicoob já tem uma carteira de R$ 5 bilhões em crédito liberado por meio de CPR e a expectativa é “pelo menos” dobrá-la neste ano, revelou o diretor Comercial e de Canais do Sicoob, Francisco Reposse Junior, em entrevista. Com isso, as CPRs já representariam perto de 20% da oferta total de crédito do Sicoob nesta safra.

“A linha da CPR é muito relevante; para o produtor, às vezes aproveitar a oportunidade de uma compra, venda, investimento, é mais importante do que ter uma taxa (de juro) baixinha. A CPR dá uma velocidade muito grande”, afirmou o diretor do Sicoob.

A fonte de recurso da CPR são as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), papel cujas regras para aplicação em crédito rural foram alteradas pelo governo para a safra 2023/24.

O porcentual dos recursos captados pelo papel que tem de ser aplicado em produtos de crédito rural subiu de 35% para 50%. Além disso, do bolo destinado ao setor rural, a parcela que terá de ser distribuída por CPR caiu de 70% para 50%, enquanto a outra fatia, que vai para linhas de crédito livre (com taxas de mercado) que seguem as normas do Manual de Crédito Rural (MCR), saiu de 30% para 50%.

Para distribuir o dinheiro de tal forma, as instituições financeiras precisam, antes da captação da LCA, fazer empréstimos a produtores por CPR e também crédito livre, que servem de “lastro” para as LCAs. Há receio em parte do mercado que a demanda de produtores por crédito livre “MCR”, que precisa seguir mais requisitos do governo do que as CPRs, seja menor do que o necessário para que instituições financeiras cumpram as exigências.

“Vamos ter de fazer mudanças estratégicas internas (decorrente da alteração nas regras), mas como temos público, demanda, lastro, vamos nos adaptar. Nós nunca obedecemos a exigibilidade da poupança, sempre aplicamos mais que o exigido, assim como a LCA.”

O Sicoob também tem expectativa de poder operar um montante maior de recursos com taxas de juros equalizadas pelas Tesouro Nacional. A instituição solicitou dinheiro suficiente para oferecer R$ 29 bilhões com taxas equalizadas na safra 2023/24, R$ 5 bilhões a mais do que na temporada 2022/23.

Entre os recursos, devem estar somas para atender, por linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma esperada procura por crédito para financiar a construção de armazéns, compra de máquinas e pequenos investimentos em granjas de sistemas integrados de produção.

O Ministério da Fazenda deve publicar nesta segunda-feira a portaria com o detalhamento das 21 instituições financeiras contempladas com recursos equalizados, bem como o montante liberado para cada uma. “Todo mundo está na expectativa de ver as portarias. Para nós, ter limite no BNDES é importante”, disse Reposse Junior.

Outras fontes de recursos relevantes para o Sicoob são os provenientes da poupança captada pela instituição e os depósitos interbancários (DIR), feitos por bancos que não conseguem aplicar em crédito rural tudo o que deveriam conforme os porcentuais estabelecidos pelo governo.

O Sicoob é um grande tomador de DIR, segundo o executivo, ainda que o peso destes depósitos venha caindo. Há cerca de cinco anos, era responsável por metade da carteira rural da instituição. Na safra 2022/23, representou 21% da oferta, com cerca de R$ 8 bilhões. Para 2023/24, o plano do Sicoob é captar R$ 10 bilhões, mantendo a participação na carteira. “Se captarmos isso, será ótimo”, afirmou Reposse Junior.

O cenário atual favorece essa perspectiva de aumento, tendo em vista que o governo também elevou o porcentual dos depósitos à vista e poupança que bancos devem destinar a crédito rural, conhecido no mercado como exigibilidade, de 25% para 30% no primeiro caso e de 59% para 65% no segundo caso. “Comemoramos bastante que haverá recursos mais abundantes para o agronegócio mas, por outro lado, os bancos que não têm carteira de agro não vão conseguir montar essa carteira de um dia para o outro. Então esperamos ter uma oferta maior de DIR, nossa mesa já está em contato com os bancos”, contou o executivo. O Sicoob distribui recursos de DIR para agricultores familiares, médios e grandes produtores.

Fundos constitucionais e o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) são outros canais operados pelo Sicoob. Dos R$ 6,37 bilhões que o Funcafé oferecerá em crédito nesta safra, R$ 1,245 bilhão será concedido pela instituição, 21,3% a mais do que em 2021/22.

Reposse também diz esperar dobrar a contratação de seguro rural na safra 2023/24 pelos cooperados, de R$ 220 milhões em prêmios pagos por produtores em 2022/23 para cerca de R$ 440 milhões.

Representatividade O Sicoob tem entre seus 7,5 milhões de associados aproximadamente 430 mil produtores rurais, a maioria de pequeno e médio porte. Se em quantidade eles representam quase 6% do total, em carteira sua relevância é bem maior, ao redor de 30%, de acordo com Reposse Junior.

A carteira agro da instituição hoje, de R$ 51 bilhões, aumentou 50% no último ano e espera-se que chegue perto de R$ 62 bilhões até o fim da temporada 2023/24, em junho do ano que vem. “Esse número pode ser maior quanto mais conseguirmos oferecer de investimento”, disse o executivo, referindo-se à indefinição sobre o volume que instituição poderá operar de linhas equalizadas e também ao fato de que linhas de investimento têm prazo longo de amortização e demoram mais para sair da carteira.

O Sicoob tem atualmente 4.530 agências em todo o País, mais de 300 cooperativas singulares associadas, concentradas na região Sudeste – Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. A instituição vem crescendo de forma “considerável” no Sul, em especial Paraná e Rio Grande do Sul, e quer avançar mais em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Norte e Nordeste na safra 2023/24. “Haverá uma expansão estratégica do Sicoob no Norte e Nordeste, com educação financeira, instituto e agências”, afirmou. O número de cooperados cresce em média 12% ao ano.

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Cooperativas de crédito operam em mais da metade dos municípios https://recoop.com.br/cooperativas-de-credito-operam-em-mais-da-metade-dos-municipios/ https://recoop.com.br/cooperativas-de-credito-operam-em-mais-da-metade-dos-municipios/#respond Wed, 27 Dec 2023 21:00:22 +0000 https://limacabral.adv.br/?p=10668 As cooperativas de crédito mantiveram-se como o segmento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que mais cresce. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Banco Central (BC), o setor encerrou 2022 com 9.122 unidades de atendimento, aumento de 1.010 unidades (12,5%) em relação ao ano anterior. O segmento opera em 55,3% dos municípios brasileiros, totalizando 3.080 […]

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As cooperativas de crédito mantiveram-se como o segmento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que mais cresce. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Banco Central (BC), o setor encerrou 2022 com 9.122 unidades de atendimento, aumento de 1.010 unidades (12,5%) em relação ao ano anterior.

O segmento opera em 55,3% dos municípios brasileiros, totalizando 3.080 localidades. Apenas no ano passado, 174 novos municípios passaram a contar com uma unidade de atendimento de cooperativa de crédito. No fim do ano passado, havia, em todo o país, 799 cooperativas singulares, 32 cooperativas centrais, quatro confederações e dois bancos cooperativos.

A carteira de crédito ativa (total de empréstimos ativos) do sistema cooperativo aumentou 22,4% em 2022. Após expansão de 35,9% em 2021, reflexo da retomada econômica após o início das vacinações contra a covid-19, o estoque de empréstimos e financiamentos da cooperativa de crédito desacelerou em 2022, mas continuou a expandir-se acima da média do SFN, cuja carteira de crédito cresceu 14% no ano passado.

O total de cooperados subiu 14,5%, passando de 13,6 milhões em 2021 para 15,6 milhões em 2022. Desse total, 13,2 milhões são pessoas físicas, e 2,4 milhões, pessoas jurídicas. O maior crescimento ocorreu nas pessoas jurídicas, cuja presença aumentou 17,8%. Segundo o BC, 90% dos cooperados pessoas jurídicas são micro e pequenas empresas.

O número de pessoas físicas subiu 13,9% no ano passado. Conforme o relatório, o maior número de associados nessa categoria corresponde a homens, com 55,8% do total de pessoas físicas. Na distribuição por faixa etária, a maioria dos cooperados tem entre 30 e 39 anos, representando 23% dos homens e 22,9% das mulheres.

Regiões

Na divisão por regiões, o Sul continua a liderar o cooperativismo de crédito, com unidades de atendimento em 95,9% dos municípios. Em seguida, vêm Centro-Oeste (75,2%), Sudeste (70,3%) e Norte (36,9%). O Nordeste tem a penetração mais baixa, com apenas 13,8% dos municípios atendidos por cooperativas de crédito.

Em relação ao crescimento, no entanto, o Norte lidera a atração de novos associados, com expansão de 34,7% no número de pessoas físicas e de 28,4% de pessoas jurídicas no ano passado.

Saúde financeira

Os ativos totais das cooperativas de crédito, que incluem não apenas a carteira de crédito, mas os outros bens, totalizou R$ 590 bilhões em dezembro de 2022, alta de 28,6% no ano. O estoque de captações de recursos somou R$ 466 bilhões e subiu 29,9%, em ritmo superior ao dos outros ramos do Sistema Financeiro Nacional.

Em relação aos riscos financeiros das cooperativas de crédito, o BC informou que os ativos problemáticos (como empréstimos com inadimplência) cresceram em 2022 após dois anos seguidos de queda, atingindo 4,6% dos ativos totais. Segundo o órgão, o nível de provisões (reservas financeiras para cobrir possíveis prejuízos) está acima de 90% das perdas esperadas na carteira de crédito. O setor, apontou o relatório, continua a operar acima dos limites de segurança exigidos pela regulamentação.

Marco legal

O relatório do BC analisou o novo marco legal do cooperativismo de crédito brasileiro. Segundo o órgão, a Lei Complementar 196/2022, que atualizou a Lei Complementar 130/2009, trouxe aprimoramentos com grande potencial de alavancar ainda mais o segmento. Entre as principais novidades, destacou o documento, estão adequações relacionadas ao fomento de atividades e negócios, à gestão e governança, bem como à organização sistêmica e eficiência do Sistema Nacional de Cooperativas de Crédito.

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Sicoob Coimppa destaca as principais vantagens da cooperativa de crédito para PJ https://recoop.com.br/sicoob-coimppa-destaca-as-principais-vantagens-da-cooperativa-de-credito-para-pj/ https://recoop.com.br/sicoob-coimppa-destaca-as-principais-vantagens-da-cooperativa-de-credito-para-pj/#respond Thu, 31 Aug 2023 21:31:51 +0000 https://limacabral.adv.br/?p=10576 As cooperativas de crédito vêm conquistando cada vez mais espaço no cenário do sistema financeiro nacional. Diante do crescimento do cooperativismo de crédito, empresas têm optado por essa modalidade, principalmente pelos benefícios que o mesmo garante para as empresas, assim como para as comunidades locais contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico onde as cooperativas estão inseridas, por meio […]

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As cooperativas de crédito vêm conquistando cada vez mais espaço no cenário do sistema financeiro nacional. Diante do crescimento do cooperativismo de crédito, empresas têm optado por essa modalidade, principalmente pelos benefícios que o mesmo garante para as empresas, assim como para as comunidades locais contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico onde as cooperativas estão inseridas, por meio da inclusão financeira.

Com um olhar diferenciado dos bancos tradicionais, o cooperativismo de crédito tem gerado diversas vantagens tanto para cooperados pessoas físicas quanto para jurídicas. O Sicoob Coimppa destacou os principais benefícios da cooperativa para Pessoa Jurídica (PJ).

A atuação do Siccob Coimppa vem contribuindo significativamente para a retomada da oferta de crédito e recuperação da economia ao longo dos últimos anos em nosso Estado.

Destacamos outras vantagens, como o acesso a taxas menores, juros mais justos, participação nas sobras anuais da cooperativa, assim como a voz ativa nas decisões, já que o cooperado não é apenas um cliente, mas dono da cooperativa.

“Para nosso associado PJ, temos o acesso a capital de giro, antecipação de recebíveis, financiamentos, inclusive de energia fotovoltaica, cartão de crédito com milhas, nossa máquina de cartão, que é a SIPAG, investimentos em RDC, poupança, tesouro direto e fundos de investimentos. Temos nosso portifólio de seguros, como auto, vida, empresarial e coletivo. Trabalhamos também com consórcios de móveis e imóveis com taxas de administração super atrativas”, destaca a gerente de relacionamento pessoa jurídica no Sicoob Coimppa, Carla Colares.

Sicoob Coimppa garante aos seus cooperados experiências únicas, humanizadas, proporcionando crescimento para o negócio de forma diferenciada. “Na cooperativa nossa missão é promover soluções e experiências inovadoras sustentáveis por meio da cooperação, então aqui você não é mais só um ‘cliente’, você é dono. Então, nada melhor do que ter uma cooperativa a qual pode se sentir em casa, e poder contar sempre que precisar para levar sua empresa em frente”, finaliza Carla.

Conte com o Sicoob Coimppa, uma cooperativa de crédito que atua no mercado financeiro paraense há 28 anos com responsabilidade social, econômica e ambiental. Com o Sicoob Coimppa você tem acesso a soluções financeiras completas, atendimento personalizado e benefícios que só uma cooperativa de crédito pode oferecer.

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Paraná vai investir R$ 750 milhões em armazenagem e novas plantas industriais https://recoop.com.br/parana-vai-investir-r-750-milhoes-em-armazenagem-e-novas-plantas-industriais/ https://recoop.com.br/parana-vai-investir-r-750-milhoes-em-armazenagem-e-novas-plantas-industriais/#respond Thu, 17 Aug 2023 21:09:36 +0000 https://limacabral.adv.br/?p=10571 O fortalecimento da economia e os bons resultados alcançados pelo Paraná nos últimos anos passam pelo cooperativismo. A afirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quinta-feira (15), durante a abertura do Fórum dos Presidentes 2023 – Conectando Cooperativas Através dos Continentes: Fortalecendo Parcerias entre Brasil e Europa, realizado em Foz do Iguaçu, […]

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O fortalecimento da economia e os bons resultados alcançados pelo Paraná nos últimos anos passam pelo cooperativismo. A afirmação foi feita pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta quinta-feira (15), durante a abertura do Fórum dos Presidentes 2023 – Conectando Cooperativas Através dos Continentes: Fortalecendo Parcerias entre Brasil e Europa, realizado em Foz do Iguaçu, no Oeste. A programação segue até esta sexta-feira.

O governador também anunciou dois novos programas voltados para as cooperativas: o primeiro é de armazenagem de grãos, uma vez que o Estado tem batido recordes na produção; e o segundo será destinado a investimento em novas plantas industriais.

Serão R$ 250 milhões, através do Siscred (Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados), da Secretaria estadual da Fazenda, dirigidos a cooperativas que tenham crédito tributário de exportação para a construção de silos. Nessa mesma linha, até R$ 500 milhões serão liberados para novas plantas industriais em regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São parecidos com o modelo adotado em 2022 para implementação de usinas de biomassa e fotovoltaicas.

“As cooperativas já anunciaram cerca de R$ 30 bilhões de investimentos nos próximos anos, e queremos colocar mais incentivos, gerando emprego e renda para a população”, afirmou Ratinho Junior.

“O cooperativismo paranaense é o mais forte do País. Essa é uma tradição do Estado. E as cooperativas estão ganhando força e industrializando a produção primária. Queremos ser o supermercado do mundo, trabalhando cada vez mais os alimentos, ampliando as nossas práticas de plantio, sempre com o olhar da sustentabilidade”, reforçou o governador.

Ratinho Junior ainda destacou o bom ambiente econômico paranaense, se tornando a 4ª economia do Brasil e com a maior participação da sua história no PIB Nacional; o reconhecimento da OCDE como exemplo de sustentabilidade para o mundo; e a política de incentivos para instalação de empresas, que proporcionaram ao Estado investimentos de R$ 9 bilhões no setor de proteína animal.

Esses investimentos, disse o governador, são frutos, sobretudo, de uma conquista histórica para o Paraná: os certificados internacionais de estado livre de febre aftosa sem vacinação e de área livre de peste suína clássica de forma independente, concedidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e que completaram dois anos em maio de 2023.

“Foram mais de 60 anos de trabalho conjunto entre governo e iniciativa privada para o reconhecimento da sanidade animal do Paraná”, afirmou.

Com a chancela internacional, o Estado pode ampliar o mercado de exportação da carne paranaense e já tem trabalhado nisso, com uma série de missões internacionais realizadas em 2023 para países com potencial de compra, como Japão e Coreia do Sul, principalmente de carne bovina e suína, mostrando, inclusive, o trabalho das cooperativas do Paraná.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, que também participou do evento, ressaltou o trabalho conjunto entre o poder público e privado para a ampliação de mercados. “Nosso modelo é vencedor. Há presença forte do cooperativismo em diversas áreas da economia, movimentando R$ 187 bilhões apenas em 2022. Nosso papel, além de reconhecer o esforço, é definir as políticas que possam apoiar essa expansão”, disse.

COOPERATIVISMO – Segundo os dados mais recentes do Sistema OCB (de 2021), o Brasil conta com 4.880 cooperativas ativas, sendo que 52% (2.535) com mais de 20 anos de atuação. Já dados do Sistema Ocepar mostram que no ano passado o Paraná possuía 223 cooperativas, com mais de 3,1 milhões de cooperados e 135 mil empregados.

O faturamento total foi de R$ 187 bilhões, com uma participação no Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário do Estado de 64%. Ao todo, são sete ramos de atuação das cooperativas: agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, transporte e trabalho, produção de bens e serviços.

Para incentivar o cooperativismo, o Governo do Estado conta com uma série de iniciativas voltadas ao setor, como o Coopera Paraná (Programa de Apoio ao Cooperativismo da Agricultura Familiar), que tem como objetivo fortalecer as pequenas cooperativas, melhorar a competitividade e a renda dos associados. Por meio de editais, as cooperativas podem contar com acompanhamento técnico-gerencial; capacitação de técnicos e dirigentes; comercialização e acesso a mercados; e instrumentos e políticas de apoio.

Pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná) são oferecidas extensão rural, criação de cultivares e sistemas para controle de pragas. O programa Paraná Mais Orgânico, que orienta produtores interessados na produção orgânica e que contará com um aporte financeiro de R$ 7,9 milhões para continuidade e ampliação da rede de núcleos de certificação; a melhoria em estradas rurais para o escoamento da produção; além do Banco do Agricultor Paranaense, com taxas de juros mais atrativas para investimentos; e o programa RenovaPR, de incentivo ao uso de energia renovável, são algumas das iniciativas do governo estadual que ajudam a fomentar o cooperativismo.

FÓRUM – Promovido pelo Sistema Ocepar, neste ano o Fórum dos Presidentes reúne 200 participantes e visa aproximar os mercados brasileiro e europeu, apresentando diversas oportunidades de negócios e possíveis alianças entre a América do Sul e a Europa. Com foco em práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), estão reunidos presidentes das principais cooperativas do Brasil, entre elas Castrolanda/Unium, Coamo, Cocamar, Frimesa, Unimed Paraná, entre outras.

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, anunciou o Plano Paraná Cooperativo (PRC200), aprovado simbolicamente pelos presidentes das cooperativas. Na prática, o novo plano pretende aumentar o faturamento para R$ 200 bilhões, com sobras líquidas de R$ 10 bilhões, investimento anual de, no mínimo, R$ 5 bilhões, e chegar a 4 milhões de cooperados com 200 mil empregados diretos.

“Estamos lançando um novo plano de desenvolvimento do cooperativismo, com toda uma metodologia para calcular isso, determinando os novos investimentos. A demanda internacional por alimentos é muito alta. O objetivo é nos organizarmos para isso, devendo investir cerca de R$ 30 bilhões nos próximos cinco  anos, com foco na agroindústria”, salientou.

Ele também destacou a importância da adoção das práticas ESG no cooperativismo. “Não podemos temer essas práticas, mas sim abraçá-las, pois já fazemos isso, já é o nosso presente. Vamos ter a ESG-Coop, melhorando e investindo ainda mais em nossas práticas”, afirmou o presidente do Sistema Ocepar.

Para o segundo dia do evento estão previstos quatro painéis: “Alianças estratégicas entre cooperativas”, “Oportunidades de negócios”, “Melhores práticas em ESG” e “Infraestrutura e logística”, este último com a participação de representantes da empresa pública Portos do Paraná.

PRESENÇAS – Estiveram presentes no evento o vice-governador do Paraná, Darci Piana; os secretários estaduais de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge, e de Inovação, Modernização e Transformação Digital, Marcelo Rangel; o presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia; os deputados federais Luiz Nishimori, Pedro Lupion, Stephanes Junior e Sérgio Souza; o deputado estadual Marcel Micheletto, representando a Assembleia Legislativa do Paraná; o diretor paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; o vice-prefeito de Foz do Iguaçu, Francisco Sampaio; e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri. Pelo cooperativismo, estiveram presentes o diretor da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Remy Gorga, representando o presidente da entidade, Marcio Lopes de Freitas; o presidente da Confederação das Cooperativas Agroalimentares da União Europeia (Cogeca), Ramon Armengol; além de presidentes e lideranças de cooperativas.

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